Por vezes tudo é nada.

Sou sempre tudo para toda a gente. Tudo o que posso, e o que não posso também. Dou sempre tudo de mim a toda a gente. Tudo o que tenho, e até o que não tenho. E, por isso, não tenho tudo o que (lhes) dou. Sou apenas tudo o que consigo ser, por não conseguir ser tudo o que quero. Faço tudo por toda a gente, e tudo faço para que o tudo seja suficiente. Mas se nem o tudo chega, de que serve a alguém dar tudo a outro algué?
Damos por nós com tudo, e ao mesmo tempo sem nada; com uma mão cheia de tudo, e a outra cheia de nadas. Nadas esses que, por vezes, são tudo. Mas quando tudo passa a nada, nada vale tudo. E porque o tudo por si só não vale nada, não esperemos nada. E esperemos sempre tudo.

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