Acertos

Nada é certo, diga-se. Vivemos da incerteza, das opções que nos são dadas. Contudo, há que saber optar. Sempre ouvi dizer que a vida era feita de escolhas, e é mesmo. Ao princípio, via isso como uma expressão banal, apenas mais uma de tantas frases feitas e que raramente funcionam na teoria e na prática em simultâneo. Mas o tempo corre e, por sua vez, mais depressa que nós. Foge-nos por entre os dedos, como se de meros grãos de areia se tratassem. Não é frustrante? Quando queremos agarrar algo que, aparentemente, está mesmo ao nosso alcance. Algo que deixamos ir, na maioria das vezes, por nos convencermos a nós próprios de que, por mais que tentemos, nunca iremos conseguir alcançar. Há quem se canse de tentar, e é compreensível, de certa forma. Mas e aqueles que não tentam? Será que merecem compreensão? Há que ver. Há que analisar. Há que pôr as cartas na mesa e deliberar. E, por fim, há que optar. Há que decidir. Mas nada é garantido, e a incerteza acaba sempre por ter algum poder. No entanto, eu optei. Ainda que tenha arrastado mil e uma dessas incertezas comigo. Mas acredita que, por mais opções que tivesse em mão, eu escolher-te-ia sempre a ti. Independentemente do tempo, do lugar e, não menos importante: da incerteza.

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