(Inter)médio
Meia vazia,
meio cheia;
um tanto ou
quanto plena:
assim é a
minha alma
que chora
que grita
que se deixa
consumir pelo minimal.
Porque ser
emocional
nem sempre é
bom,
torna-nos
dependentes
maleáveis
frágeis;
e então eu
sinto o sol
que me
queima a pele,
sinto o mar
que me salga
os lábios,
sinto o
vento
que me
emaranha o cabelo
e dou graças
por ser assim:
simples,
mas complexa;
atenta aos
detalhes,
agarrada às
pequenas coisas.
Porque Vivo
e sinto
e recordo
intensa e
incessantemente
não negando que, por vezes,
não negando que, por vezes,
não
desejasse ser diferente.
Tenho os
meus momentos.
Afinal, quem
não os tem?
Vou aprendendo
Vou aprendendo
e hoje sei
que
as pessoas
nem sempre agem da forma que julgo saber.
Por vezes, julgo
nunca as ter sabido tão distantes
tão frias
tão
insípidas
mas, no fim
de contas, elas são apenas
diferentes
de nós.
E tal como
tu és diferente de mim
e eu de ti,
dou por mim
a pensar:
- O que é
que ele tem que, bem ou mal, me apaixonou?
Afinal, somos
opostos.
O sol e a
lua,
a terra e o
mar
que se
encontram em pontos comuns
tão mínimos,
mas tão especiais
como o horizonte.
Porque eu
sou do tamanho daquilo que trago dentro de mim:
101%
sentimental.
Foi assim
que me quiseste,
é assim que
me tens.
Não posso
pedir mais,
nem menos;
apenas
agradecer,
apesar de
não poder mentir
ao ponto de
dizer que não gostaria que te assemelhasses mais a mim em certos aspectos,
mas o que é
certo é que,
independentemente
das nossas divergências,
tu has de
ser sempre o meu ponto de equilíbrio
a minha
fonte racional
o meu
contrabalanço
o meu
"meio-termo" entre a emoção e a insensibilidade total.
Não deixes
que o tempo me azede
nem te
amargue a alma.
Continua a
completar-me
e
a acompanhar-me nesta viagem que é a Vida
porque eu
não tenho pressa,
mas também não tenho
calma;
só te tenho
a ti, e isso vale-me por demais.
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