Sem retorno

As lágrimas ecoam por entre o silêncio que a minha alma transparece. O coração está cansado, a face encarnada. O corpo, imóvel. A alma solta gemidos de dor; tão intensos quanto o medo que a transborda. No peito, guardo a esperança. Na barriga, um frio incomum. Na mente, a temperança. E lá bem no fundo, guardo-te a ti: num cantinho isolado de tudo e de todos. Tenho-te lá, só para mim. Não fujas; não fujas com o tempo. E revive na tua memória tudo aquilo que te disse um dia, de olhos inundados, com a mão sobre o teu peito: eu vou ser sempre tua. 

(27-01-2014)

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